Questionamentos após a Descoberta da Assexualidade

quinta-feira, setembro 22, 2016 Sha 2 Comentários

A pessoa descobre o termo “assexualidade” e, ao pesquisar sobre ele, finalmente entende a si mesma. É um grande alívio. Ela não está sozinha. Existem outras pessoas como ela, e, por fim, ela poderá ficar em paz consigo mesma. Será?

Após a descoberta da assexualidade, deparamo-nos com uma grande quantidade de questionamentos. É extremamente comum ver relatos de assexuais na internet apresentando dúvidas sobre uma possível “legitimidade” da sua assexualidade. “Eu posso ser assexual se eu for assim?”. “Ainda que eu me sinta de determinada forma, eu posso ser assexual?”.

 Masturbação  


Principal causador de questionamentos, muitos assexuais, em um primeiro momento, temem que o fato de praticarem masturbação possa significar que eles não sejam assexuais.

Em pesquisa realizada na AVEN (Asexual Visibility and Education Network), 70% dos assexuais do sexo masculino e 60% do sexo feminino afirmaram se masturbarem. Ocorre que a masturbação para o assexual possui significado diferente da mesma prática para os sexuais, pois o sexual geralmente pratica a masturbação como uma forma de simulação da relação sexual com outra pessoa, diferente do assexual.

“Mas ver cenas de sexo podem me causar excitação, o que me leva à masturbação”. “Pensar em coisas sexuais podem me servir de estímulo à masturbação”. Apesar dessa realidade entre alguns assexuais, esses exemplos não “deslegitimam” a assexualidade dessas pessoas. Muitas vezes, o erotismo desse tipo de pensamento ou cena pode servir como ativador da libido – presente em muitos assexuais - que leva à excitação e, consequentemente, à masturbação. Mas isso não chega a fazer, via de regra, com que a prática da masturbação para o assexual ocorra como uma simulação de relação sexual com outrem.

 Atração estética 


“Eu consigo perceber e admirar de forma bastante intensa a aparência física de pessoas de mesmo sexo que o meu ou do sexo oposto. Mas se o assexual não sente atração sexual, eu posso, então, não ser assexual?”.

Para entender a assexualidade, é necessário desmembrar alguns conceitos que costumam funcionar de forma conjunta para os sexuais. Da mesma forma que a atração romântica e a atração sexual são coisas diferentes para nós, a atração estética também pode se manifestar por si mesma sem depender da atração sexual e, por isso, não faz com que uma pessoa deixe de ser assexual pelo simples fato de sentí-la.

 Traumas e patologias 


Ao ler que "a assexualidade não é doença", algumas pessoas que se identificam como assexuais e já vivenciaram determinadas situações traumáticas ou que sofrem de certas patologias ficam receosas com a sua identificação assexual. Uma pessoa autista não pode ser assexual? Uma pessoa que já sofreu estupro não pode ser assexual?

Qualquer resposta generalizada que nós déssemos estaria errada, pois cada caso é um caso e não nos cabe julgá-los de forma geral. Mas é importante ressaltar, para responder essa questão, que o fato da assexualidade não ser uma doença não significa que pessoas portadoras de patologias e traumas não possam ser assexuais.

 Sexo 


“Eu não tenho interesse nenhum na prática sexual com outras pessoas, mas, em algumas da vezes que fiz sexo, acho que posso dizer que gostei. Posso não ser assexual?”.

Para responder essa pergunta, precisamos nos encaminhar para um último tópico:

 Assexualidade é uma forma de identidade 


Se você tentar encontrar uma base para o fato de você ser assexual na percepção da assexualidade que as outras pessoas possuem delas mesmas, questionamentos acerca da sua forma de identidade vão surgir, pois ninguém é igual a ninguém, logo, a sua percepção da assexualidade também não será igual à de ninguém.

Se você já se masturbou idealizando a prática sexual com outrem, ou mesmo se você já gostou de determinados momentos em que fez sexo, não necessariamente terá anulada a possibilidade de ser assexual, porquanto, além da existência da faixa cinza da sexualidade humana como estado intermediário entre a assexualidade e a sexualidade, não é o que você faz ou deixa de fazer que o torna assexual, mas sim o que você é. Não existe um diagnóstico ou mesmo um conjunto de características pré-determinadas para dizer se você é assexual ou não, pois assexualidade é como nós nos sentimos, como nós nos identificamos.

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Ideias Distorcidas da Assexualidade

quinta-feira, setembro 22, 2016 Sha 0 Comentários

Tratar das concepções distorcidas que existem da assexualidade é uma missão extremamente delicada, pois denota a existência de uma visão correta e de outra errada. Mas onde se encontra essa divisão do certo e do errado? Até onde a assexualidade pode ser considerada como válida? Apesar desse grande desafio, não podemos deixar de lado o surgimento de posicionamentos perigosos sobre o tema e, por isso, precisamos nos manifestar. 

Comentaremos dois depoimentos colhidos nas redes sociais que, infelizmente, não estão isolados, pois coadunam com pensamentos semelhantes de outras pessoas. 


"Sou virgem e assexual. Eu gostaria de saber se vocês conhecem algum lugar que faça uma cirurgia de retirada do clitóris. Já entrei em contato em vários lugares, mas nenhum deles faz. Pode ser uma clínica clandestina. Quero fazer essa operação porque desejo ser assexual por completo."


Uma das maiores dificuldades que as pessoas possuem no entendimento da assexualidade é diferenciarem “assexualidade” de “celibato”, pois enquanto neste a falta de sexo é uma escolha, naquele “não fazer sexo” é algo mais inato, mais natural. Se o sexual opta por não fazer sexo caso seja celibatário, o assexual, ao praticar sexo, não o fará por sentir atração sexual por outra pessoa, mas para corresponder ao parceiro, para ceder às pressões da sociedade, por uma necessidade de conhecer a própria sexualidade, dentre outros motivos. Lembrando que esses exemplos não abrangem os gray-a e demissexuais, aqueles que sentem interesse na prática sexual com outra pessoa esporadicamente. 

A assexualidade é uma forma de identidade, não é um diagnóstico ou algo que possa ser alcançado por intervenção cirúrgica ou medicamentosa. Ou seja, uma pessoa não vai se tornar “assexual por completo“ – algo que não existe dentro dessa concepção – retirando o clitóris – ato o qual, precisamos deixar claro, é cirurgicamente perigoso e eticamente condenável. 


"Entendam sociedade machista e sexista do caramba, eu não quero ter relações sexuais apenas. Não sou arromântico, mas se as mulheres de hoje acham que necessariamente um relacionamento precisa de sexo, desculpa, eu prefiro ficar sozinho. Até porque procurar prazer nisso é idiotice. Só Deus te dá o verdadeiro prazer e satisfação, o resto é lixo."


O assexual não é um ser moralmente evoluído e muito menos o possuidor de uma forma ideal de comportamento sexual. A heterossexualidade, a homossexualidade, a bissexualidade, a pansexualidade e a assexualidade são todas formas de manifestação da sexualidade humana legítimas. Ou seja, sentir atração sexual não faz da pessoa um “idiota” ou um “lixo”, pelo contrário, pois buscar prazer no sexo é um ato natural para a maioria das pessoas sem que haja erro nisso. 

Infelizmente, também é comum a associação da assexualidade como a “orientação sexual determinada por Deus”. Isso não é verdade. Como já foi dito, o assexual não é um ser mais puro ou moralmente superior, pois a atração sexual ou a falta dela não define caráter ou moral. Portanto, é extremamente errôneo, tanto do ponto de vista religioso, filosófico ou científico, condenar outras pessoas pelo sentimento de atração que possuem. 

Para concluir, é importante reafirmar que assexual é a pessoa que não tem interesse pela prática sexual com outra pessoa, mas essa falta de interesse é algo que faz parte da própria construção da sexualidade do indivíduo, não abrangindo o celibato. Adotar o rótulo da assexualidade para justificar posicionamentos preconceituosos e patológicos é algo que deve ser evitado para coibir males maiores.

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Assexualidade Não é uma Doença

quarta-feira, setembro 21, 2016 Sha 0 Comentários

Uma das maiores dificuldades enfrentadas por assexuais na busca da legitimação e aceitação da assexualidade pela sociedade é a solidificação da ideia de que assexualidade não é uma doença. 

Mas de onde se originou essa ideia? E por que as pessoas veem a assexualidade como algo tão anormal? 

 Sexo é vida 

Depois de um período longo da história em que a prática sexual era reprimida e vista de forma extremamente negativa, a sociedade buscou superar todos esses tabus e, atualmente, vivemos uma fase de oposição à que se passou, em que o sexo ao invés de ser reprimido passou a ser valorizado e estimulado como prática natural humana. 

O problema dessa nova visão acerca do sexo é a forma como ela é compreendida, pois se antes o sexo era proibido, ele passou a ser obrigatório. "Ninguém vive sem sexo", "ninguém é feliz sem sexo", "ninguém é saudável sem sexo". Opiniões como essas alienam a sociedade e, além de se tornarem um grande fardo para os próprios sexuais, fazem com que pessoas que não queiram praticar sexo pareçam ser anormais. 

 Psicologia e psiquiatria 

A falta de desejo sexual é, muitas vezes, um problema. Tanto é que existem diversos tratamentos que buscam solucionar problemas das pessoas que passam, por exemplo, pelo transtorno do desejo hipoativo. Porém, o fato de grande parte das pessoas que não sentem desejo sexual terem algum transtorno relacionado, não significa que todas as pessoas que se encontrem nessa situação possuam algum problema que demande tratamento. 

Infelizmente, grande parte dos psicólogos e psiquiatras ainda possuem essa visão generalizadora da falta de desejo sexual, considerando que a assexualidade seria um transtorno. E isso ocasiona uma grande perturbação por muitos assexuais que, ao se consultarem com esses profissionais, são patologizados sem necessidade. 

Essa visão distorcida existia no DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), principal manual da psiquiatria que, na definição do transtorno do desejo hipoativo, enquadrava os assexuais. Porventura, na quinta versão do manual, reconhecendo a não necessidade de patologizar a assexualidade, a definição do transtorno foi alterada ocasionando em sua interpretação a não inclusão dos assexuais. 

Lori Brotto

Lori Brotto, uma das maiores pesquisadoras a nível mundial da assexualidade, ao começar a ter contato com o tema acreditou que os assexuais seriam portadores de transtornos que justificariam a assexualidade. Sua primeira hipótese era que os assexuais achavam não sentir atração sexual por problemas como: stress pós-traumático, depressão, problemas de saúde, ansiedade, problemas no coração, alienação, pensamento suicida, dentre outros. Entretanto, ao entrevistar assexuais e entender melhor quem eles eram, ela percebeu que esses problemas não caracterizavam o comportamento da maior parte das pessoas dessas comunidades e que, na verdade, eles não justificavam a assexualidade como ela imaginara de início. 

Esse exemplo de Lori Brotto, juntamente com os trabalhos de outros pesquisadores como Elisabete Oliveira e Anthony Bogaert, mostram que a ideia patológica que muitos possuem sobre a assexualidade reflete um preconceito, já que essa ideia é um julgamento pejorativo da assexualidade sem provas concretas e científicas de que ela seria verdadeiramente um problema ou uma doença.

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As Subclassificações da Assexualidade

quarta-feira, setembro 21, 2016 Sha 15 Comentários

Com a organização dos primeiros grupos de assexuais em comunidade, percebeu-se que haviam diferenças e semelhanças na forma de manifestação da assexualidade em cada pessoa. Visando organizar o entendimento sobre esse tema, a AVEN – Asexual Visibility and Education Network (Rede de Educação e Visibilidade Assexual) – formulou algumas classificações para elucidar essas diferenças. E as principais subclassificações da assexualidade criadas são: 

• Romântico 
• Arromântico 
• Lithromântico 
• Gray-a 
• Demirromântico 

O assexual romântico é aquele que, apesar de não ter interesse na prática sexual com outra pessoa, pode ter interesse romântico. Ou seja, é a pessoa que pode se apaixonar ou que tem interesse por relacionamentos românticos. Os assexuais românticos podem ser heterorromânticos – têm interesse por pessoas de outro sexo –, homorromânticos – interesse por pessoas do mesmo sexo –, birromânticos – interesse por pessoas de ambos os sexos –, ou panromânticos – o interesse romântico ultrapassa a ideia binária dos gêneros. 

Em oposição ao romantismo, o assexual arromântico seria aquele que não sente atração romântica ou que não possui interesse por relacionamentos românticos. 

O lithromantismo pode ser confundido com o romantismo ou o arromantismo, mas existem diferenças entre as subclassificações. O lithromântico pode se apaixonar, mas esse sentimento costuma se manifestar de forma platônica e idealizada, não se materializando no mundo concreto. Ou seja, o lithromântico, assim como o romântico, pode se apaixonar, e assim como o arromântico, não tem interesse por relacionamentos amorosos, pois eles só podem existir na idealização do assexual lithromântico. 

Também existe confusão no entendimento entre a demissexualidade e o gray-a, pois, nesse caso, ambas as subclassificações abrangem os assexuais da área cinza, ou seja, aqueles que podem sentir atração sexual, mas que não chegam a ser sexuais como os heterossexuais, homossexuais, bissexuais e pansexuais. O demissexual é aquele que só consegue sentir atração sexual por alguém se tiver grande sentimento romântico por essa pessoa, já o gray-a pode sentir atração sexual em momentos e situações extremamente específicas, sem que essa especificidade esteja necessariamente relacionada à atração romântica. 

E qual é o posicionamento da Comunidade Assexual sobre essas subclassificações? 

Inicialmente, a maior parte dos membros da CA utilizavam as subclassificações de forma irrestrita, assim como em outras comunidades assexuais, mas alguns problemas começaram a surgir por causa disso. 

Alguns membros do fórum começaram a apresentar-se confusos e angustiados por não conseguirem se identificar com nenhuma das subclassificações da assexualidade. Esses membros não tinham interesse na prática sexual com outros, mas não conseguiam se identificar como românticos, arromânticos, ou com alguma das outras classificações. 

A utilização de forma irrestrita das subclassificações passava a impressão aos novos membros de que a identificação com alguma delas era atitude obrigatória, e isso era extremamente problemático, pois considerando que a sexualidade se manifesta diferentemente em cada pessoa, um conjunto de subclassificações não poderia abranger toda a diversidade da assexualidade. Por isso, de forma tímida começou a surgir um pensamento diferenciado quanto às subclassificações que acabou se expandindo e, hoje, é praticamente unânime na comunidade. 

Não somos contrários às subclassificações, pois, em um primeiro momento, ela contribui com o entendimento da diversidade que existe entre os assexuais, e ajuda como uma forma de identificação inicial para boa parte dos assexuais. Porém, não podemos ver as subclassificações como meios de identificação obrigatórios e muito menos como uma síntese exata e perfeita da diversidade assexual, pois elas não o são, já que não conseguem abranger todos os assexuais. 

Portanto, também adotamos essas subclassificações, mas com maior cautela e cuidado, priorizando a individualidade da pessoa assexual, e não uma generalização inexata.

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Assexuado ou Assexual?

quarta-feira, setembro 21, 2016 Sha 7 Comentários

A assexualidade, como possível orientação sexual e uma das formas de manifestação da sexualidade humana, é ainda pouco conhecida no mundo, e, consequentemente, também é pouco conhecida no Brasil. E no nosso país, entre as pessoas que conhecem ou já ouviram falar da assexualidade, o termo mais comum de referência à pessoa assexual é "assexuado" ou "assexuada".

Mas qual é a correta forma de referência? Por que as comunidades virtuais preferem o termo "assexual"? E como o termo começou a ser adotado dessa forma?

Origem e popularização da denominação "assexuado"

Nos Estados Unidos, onde as comunidades assexuais se originaram, "asexual" foi a forma adotada de denominação aos assexuais, apesar de ser o mesmo termo usado à forma de reprodução dos seres assexuados, aqueles que se reproduzem por bipartição.

No Brasil, por sua vez, quando o conhecimento sobre a assexualidade começou a chegar, a tradução literal dos textos em inglês sobre a assexualidade colocava o nome "assexuado" como a correta tradução para o termo "asexual", referindo-se à forma de reprodução assexuada. A partir disso, comunidades "assexuadas" se formaram pela antiga rede social Orkut, e essa se tornou, inicialmente, a forma de identificação das comunidade no Brasil.

Entretanto, a verdadeira popularização da denominação "assexuada" no nosso país se deu oficialmente com a temporada de 2010 da novela Malhação, a partir de um personagem assexual que se caracterizava como "assexuado".

Alê, o personagem assexual.

Hoje, nas comunidades assexuais brasileiras, o termo "assexuado" não é mais utilizado. Mas por quê?

Primeiramente, temos que ter em mente que não chamamos as pessoas de outras orientações sexuais de "heterossexuadas", "homossexuadas" e "bissexuadas". E como a assexualidade está mais próxima do lugar de orientação sexual, "assexual" passa a ser a denominação mais adequada. Além disso, como já foi falado, "assexuados" são os seres unicelulares que se reproduzem por bipartição. Logo, como os assexuais não são capazes de se reproduzirem de forma assexuada, não poderiam ser chamados de "assexuados", mas sim de "assexuais".

E é assim que nós nos identificamos.

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Símbolos da Assexualidade

quarta-feira, setembro 21, 2016 Sha 20 Comentários

Ao decorrer dos anos, e com um maior número de pessoas autoidentificadas como assexuais nas comunidades espalhadas pelo internet, começaram a surgir alguns símbolos para caracterização desses grupos os quais acabaram ganhando conotação universal dentro do contexto da assexualidade. Falaremos sobre quatro desses principais símbolos, os quais surgiram na AVEN – Asexual Visibility and Education Network (Rede de Educação e Visibilidade Assexual) – e depois ganhou adesão de outras comunidades espalhadas pelo mundo. 

Bandeira assexual


Assim como em outras orientações assexuais, a assexualidade também possui a sua bandeira, em que cada diferente cor possui um significado próprio. A cor roxa é a cor padrão das comunidades assexuais. Representa a coesão dos grupos assexuais e os identifica com um padrão visual. Dentro da fluidez sexual humana, podem existir heterossexuais, homossexuais e bissexuais, que experienciam atração sexual ou interesse na prática sexual (cor branca), também podem existir os assexuais, que se caracterizam de forma oposta aos sexuais (cor preta), mas também há pessoas que se encontram em um estado intermediário, experienciando atração sexual em situações e momentos muito específicos (cor cinza). Percebe-se, então, que as cores preta, cinza e branca representam essa gradação da sexualidade humana. As pessoas representadas pelas escalas cinza e preta são as pertencentes ao grupo de assexuais, já aquelas da branca são as sexuais (hetero, homo ou bi) simpatizantes ou apoiadoras da questão assexual.

Triângulo assexual


A partir da explicação da bandeira assexual, torna-se fácil o entendimento desse segundo símbolo. Considerando que a sexualidade humana é fluida, e que ela se manifesta diferentemente em cada pessoa, as diferentes orientações sexuais não estão totalmente segmentadas, mas sim coadunadas, como em um degradê, representado por esse símbolo. As duas pontas da parte superior correspondem à heterossexualidade e à homossexualidade, sendo a bissexualidade a parte central. A ponta inferior seria, então, a assexualidade. Assim, esse triângulo representaria melhor a sexualidade humana do que a simples fragmentação das orientações sexuais usada atualmente, pois existiriam algumas pessoas mais e menos heterossexuais, mais e menos homossexuais, e também mais e menos assexuais.

Bolo


Esse símbolo é produto de uma grande brincadeira existente nas comunidades assexuais. Como para o assexual, até bolo pode ser melhor que sexo, a comida acabou sendo adotada em brincadeiras sobre a assexualidade, em comparações, e se tornou até mesmo uma forma de se desejar boas vindas aos novos membros de algumas dessas comunidades, principalmente na AVEN.

Ás de copas e de espadas



Em inglês, a pronúncia da primeira parte do nome "asexual" é "ace", que em inglês, é a forma de se chamar a carta "ás" do baralho. Com isso, ás se tornou o símbolo para os assexuais. O de copas para os românticos e o de espadas (que parece um coração de cabeça para baixo) para os arromânticos. Os assexuais se chamam de ace.

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